Z da Questão, Itamar Assumpção

Fiz essa canção com versos vulgares, não sei pra dar-lhes
Sou poeta não, só vim só entregar, só vim cantar-lhe
Eu não sou Romeu nem Ulisses, nem de longe o Mago de Oz
Nem Zeus, nem Jesus, nenhum Deus, nem Eros, Platão ou Sócrates

Às vezes me afundo, fico reclamando de tudo, de todo mundo
Bate um desespero ver alguém matar alguém
por meros trinta dinheiros
Fato corriqueiro, mas não me acostumo, nem gosto do cheiro
Complicado o que? Sou assim aqui Viena ou Milão
Na Penha São Paulo, na estrela vésper, n'algum lugar do Japão
Shyiwacê wa shita ni teral no rana no chita me

Ser ou não feliz, existe um ditado por aí que diz
A felicidade fica bem debaixo do nosso próprio nariz

Meu amor, porque que todo o tempo você toma conta do meu pensamento
Até nos lugares que ando e freqüento, o teu cheiro chega vindo com o vento
Fica ardendo, me comendo lá no fundo
Cada segundo, cada minuto, cada momento..

Sei lá eu porque te quero tanto, só sei que vai dar pra lá do infinito
É bem parecido com o fim do mundo, o teu nome sobre os muros deixo escrito
Fica ardendo, me comendo lá no fundo
Cada segundo, cada minuto, cada momento..

Quanto mais te evito mais eu te encontro, quanto mais eu fujo mais eu te desejo
Posso até ficar ficando doido, mas meu coração está bem lúcido
Fica ardendo, me comendo lá no fundo
Cada segundo, cada minuto, cada momento.

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