O poeta é um fingidor
Finge tão completamente
Que chega a fingir que é dor
A dor que deveras sente.
E os que lêem o que escreve,
Na dor lida sentem bem,
Não as duas que ele teve,
Mas só a que eles não têm.
E assim nas calhas de roda
Gira, a entreter a razão,
Esse comboio de corda
Que se chama coração.
Experiência e discurso sobre a loucura
-
Pretendo explorar neste breve ensaio a distinção entre a *loucura enquanto
experiência* e a loucura enquanto *discurso*. Essa diferença não é apenas
de t...

0 comments:
Postar um comentário