O poeta é um fingidor
Finge tão completamente
Que chega a fingir que é dor
A dor que deveras sente.
E os que lêem o que escreve,
Na dor lida sentem bem,
Não as duas que ele teve,
Mas só a que eles não têm.
E assim nas calhas de roda
Gira, a entreter a razão,
Esse comboio de corda
Que se chama coração.
Orçamento, dívida pública e aproximação popular. 20 11 2024
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Lendo as notícias de manhã, surgiu este assunto. A dívida pública
dificilmente é assunto, porque é tabu pros dominantes podres de ricos, pros
bancos que ra...
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