Palavras Cínicas, Albino Forjaz

Albino Forjaz nasce a 19 de janeiro de 1884, provavelmente em Lisboa. Desde os 14 anos de idade está envolvido em atividades literárias. Autor de vários livros em prosa e verso, é em 1905, aos seus 21 anos, que lança Palavras Cínicas, um livro considerado “um dos mais perversos monstros morais do (...) tempo.” 

Palavras Cínicas é composto por oito cartas - ou capítulos - supostamente enviadas a um amigo. Vários temas são abordados a cada capítulo, desde alguns dos pecados capitais até uma crítica ferrenha à crença  em Deus. 

Descrença total sobre a vida e a humanidade permeia Palavras Cínicas, um livro sóbrio. E não há sequer uma sentença que enalteça o ser humano. A cada parágrafo, ser canalha e vil é o conselho dado por Forjaz aos seus leitores. 

Com sentenças fortes e palavras morbidamente bem escolhidas, Forjaz aventura-se a falar sobre verdades profundas e obscuras da alma humana. Talvez verdades sabidas por cada leitor, mas sorrateiramente encobertas por uma hipocrisia social ou, pior, por uma inconsciência do próprio existir. 

Este livro talvez seja dito como um dos mais odiados livros escritos pela humanidade, justamente por espelhar de forma crua e clara, com todas as palavras, as deformidades do espírito humano.

Antonio Caldas.

1 comentários:

Cid Xisto Coelho disse...

O livro Palavras Cínicas atira os chamados "seres humanos" ao desuso das máscaras que os perseguem ao nascerem e os abandonam ao morrerem, deixando-lhes, hereditariamente, o legado do nada. Parabéns ao autor!...