cONTRACIDADE



Ato ao vivo (live act) de áudio e vídeo. O trabalho foi iniciado em 2007 por Manuel Andrade e Vanessa De Michelis como uma pesquisa de padrões rítmicos, gerados a partir da incisão da série de Fibonacci em discos de vinil quebrados, tocados por circuitos alterados de agulhas e pick ups. O trabalho acompanhava um vídeo pré-produzido demonstrativo do processo de produção dessas gadgets. Em 2009 com a entrada de Marcelo Dante, Contracidade incorpora a criação e performance também do vídeo ao vivo.

O nome surge da contração da expressão "na contramão da velocidade", isto é, da recusa dos parâmetros pré-definidos com os quais os equipamentos digitais atuais já saem da fabrica. Essa 'praticidade' molda a experiência do usuário, diminuindo a possibilidade do erro como experimento. As possibilidades que o processo longo e (des)construído manualmente pode gerar são o foco da pesquisa do Contracidade, na qual a investigação sonora dialoga com a construção visual desse processo realizado ao vivo através da reapropriacao e destruição dos equipamentos 'prontos para usar. A estática, normalmente indesejada tanto no campo sonoro como visual, é elemento compositivo da peca que ora se aproxima da composição ritmada, ora do caos. A exploração parte do dialogo entre equipamentos obsoletos, analógicos, digitais, instrumentos acústicos e objetos sonoros.

O video-manifesto sintetiza os elementos que compõem o universo do Contracidade: câmeras estáticas investigam pequenos movimentos nos sets sonoros, metais e arames rangem contra microfones de contato, clarinetas atrofiam microfonias e tecnoinsetos bipam em braços humanos. Cada coisa digerindo lentamente os rituais que se revelam a cada improvisação da performance.

Projeto em andamento. (2009)

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